O Dia da Liberdade. A Revolução dos Cravos (25 de abril)
O Dia da Liberdade é uma data muito importante para Portugal e para o povo português. Esta celebração ocorre no dia 25 de abril de cada ano, em comemoração ao fim da ditadura liderada por António de Oliveira Salazar, que durou quase 50 anos, desde 1926 até 1974.
Em 25 de abril de 1974, um grupo de militares liderou uma revolução pacífica que pôs fim ao regime ditatorial em Portugal. Este movimento ficou conhecido como a "Revolução dos Cravos", pois as pessoas colocaram cravos nas espingardas dos soldados como um sinal de paz e liberdade.
Desde então, Portugal tem sido um país democrático, onde as pessoas podem expressar suas opiniões e escolher seus líderes através de eleições livres e justas.
O Dia da Liberdade é um lembrete de que a liberdade e a democracia são valores fundamentais que devem ser defendidos e protegidos em todos os momentos. É um dia para celebrar a coragem e a determinação do povo português em lutar por seus direitos e por um futuro melhor.
“Grândola, Vila Morena”, a canção que marcou a história de um povo
"Grândola, Vila Morena" é uma das mais emblemáticas e importantes canções da música portuguesa. Foi escrita pelo músico e compositor português Zeca Afonso em 1972, em pleno regime ditatorial. O país vivia sob uma forte censura, com liberdades civis limitadas e restrições à liberdade de expressão. A música e a cultura em geral eram controladas e utilizadas como ferramentas de propaganda pelo regime.
A canção "Grândola, Vila Morena" foi escrita como uma homenagem à cidade de Grândola, no sul de Portugal, e à sua população, que Zeca Afonso considerava um exemplo de resistência contra o regime opressivo. A letra fala de um povo unido e solidário, que trabalha duro e que é capaz de lutar por uma vida melhor. Na ditadura considerou-se como uma expressão do partido comunista e, pelo tanto, foi proibida.
A composição foi escolhida como o sinal para o início da Revolução dos Cravos, que derrubou o regime ditatorial em 25 de abril de 1974. Naquela noite, as Forças Armadas portuguesas ocuparam a rádio pública e transmitiram a canção "Grândola, Vila Morena" várias vezes, como um sinal para todos os que lutavam pela liberdade e pela democracia em Portugal.
A cidade de Grândola e seus habitantes são como um símbolo de luta e resistência contra a ditadura, destacando a importância da unidade e da solidariedade entre as pessoas. A letra celebra a liberdade e a esperança, e se tornou um hino da revolução, sendo cantada por milhares de pessoas nas ruas em Portugal após a queda do regime.
"Grândola, Vila Morena" é uma composição que representa a luta pela liberdade e pela democracia em Portugal, e se tornou um símbolo da Revolução dos Cravos e de uma das páginas mais importantes da história do país.